Nascida no campo, no interior da França, mais precisamente em Domrémy, Joana d’Arc cresceu devota à cruz, sendo esse seu símbolo desde jovem – quando já iniciou suas experiências com a fé. Foi alimentada com o amor católico e os ensinamentos de sua sábia mãe, considerada uma mulher muito piedosa.

Ouvia as “vozes” do Arcanjo Miguel, das Santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Mal sabia que o campo rural daria espaço para o campo de batalha, sendo guiada com o propósito libertário de salvar a França – dominada por forças contrárias a mais de um século.

Ao falar com aquele que seria o futuro rei: Carlos VII, ela mostrou conhecer coisas que jamais poderiam ter-lhe sido reveladas, se não fosse o próprio céu a fazê-lo. Eis as vozes daqueles santos que a ombrearam, comuns no espírito de guerreiro. E assim viu-se o sinal de Deus.

Para os acampamentos dos exércitos implementou a participação na Santa Missa e aos sacramentos pelos soldados. Evangelizou. Foi força e exemplo na busca da fé, mesmo naqueles locais inóspitos, onde a fé só tinha força para o suplício da vida, e não como força e maestro das vidas daqueles soldados que estavam indo para o caminho da liberdade.

E o resultado disso tudo? A mão de Deus agiu. A França, capitaneada por aquela figura feminina e espiritual, na fronte de batalha, venceu os invasores e livrou uma nação da submissão imposta.

Porém, Joana também sofreu sua provação. Foi traída, capturada e condenada à fogueira como “feiticeira, blasfema e herética”. Um absurdo que poderia balançar a fé daquela que tanto agiu em prol da fé. Tinha dezenove anos quando morreu, ainda bem jovem, murmurando com a força que lhe sobrara os nomes “Jesus” e “Maria”.

A força da jovem Mártir foi reconhecida em 1920, pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França.

Nas batalhas da vida, que Santa Joana d’Arc nos ensine a ouvir as vozes dos santos, anjos e arcanjos; nos ensine que não há lugar adequado ou inadequado para se viver a plenitude com Deus; nos dê a força inabalável da liberdade cristã de amar e ser por nossos irmãos; que não nos faça tirar da boca os nomes de “Jesus” e “Maria”.

Santa Joana d’Arc, rogai por nós!

 

Savina Camelo

Paróquia Santa Catarina Labouré

Arquidiocese de Maceió/AL