“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 1 Coríntios 13:4-7

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” O poeta Drummond ousou fazer essa pergunta há alguns anos. E será uma pergunta eterna. Porque o amor é essa sede infinita que não se cansa de procurar por mais e mais amor. Quem já não fez essa pergunta? De um jeito diferente, talvez. Qual seguidor , sozinho, em rotação universal, não teve vontade de rodar também e encontrar um grande Amor? Quem não se lembra daquela palestra na qual sempre tem um casal relatando sobre o amor, sobre a família, sobre como o sacramento do matrimônio é importante? E quando o casal se apresenta e diz: “Sou a tia Maria do tio Pedro. Sou o tio Pedro da tia Maria. Temos dois filhos, uma neta e já trabalhamos no Segue-me há 20 anos”.  É TÃO BONITO TUDO ISSO, NÉ?

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?”. Amar os inícios indefinidos e as longas esperas. Amar o que se pode decidir junto. Amar o que nem se sabe direito o que virá. Amar a coragem, a inquietude, o medo. Amanda e Jeferson, de Candeias- BA, também escutaram, um dia, uma palestra como essa. Também escutaram e quiseram saber sobre essa sede infinita chamada amor. Também ousaram amar. Eles se conheceram fazendo o que mais os alegra: servindo a Deus! Foi servindo na quermesse do movimento Segue-me, em 2011, que tiveram o primeiro contato direto. Depois que o coordenador jovem precisou deixar a coordenação, Jeferson foi convidado a assumir a equipe junto com Amanda. Assim teve início uma grande amizade que, como diziam alguns amigos, sempre teve um “algo a mais”. Um ano depois, após conversas diárias via SMS, houve a proposta de iniciarem um namoro.

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” Amar o que não se espera. Amar a espera. Amar o primeiro olhar e não conseguir parar de olhar. Amar o que não se explica, não se traduz, mas que é belo só de olhar. Esse amor sem conta também estava no destino de Tio Wellyngton e tia Rosy, de Campo Grande. O tio fez o Segue-me em 2001, na Paróquia São João Bosco, o segundo Segue-me de Campo Grande. Em 2003, foi um dos seguidores responsáveis pela implantação do Segue-me na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, a sua paróquia. O tio era aquele jovem que não se sentia pronto para um namoro sério. Não havia, ainda, oficializado um namoro e, como diz ele, estava se sentindo feliz assim.

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” Amar o que a oração nos diz. Amar o que Deus, às vezes, demora responder. Amar o silêncio bonito que sai, enfim, do coração de Deus. A proposta de Jeferson e Amanda foi feita inicialmente como uma “brincadeira”, pois se aproximava o dia dos namorados e, como desculpa para uma troca de presentes, Jeferson propôs a Amanda um início de relacionamento. Porém, não esperava ele que ela aceitasse a proposta. Assim, decidiram que durante uma semana direcionariam suas orações para que Deus concedesse o discernimento a ambos para essa decisão. Após o prazo estabelecido, os dois DECIDIRAM iniciar um relacionamento, tendo DEUS como centro.

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” Amar o desajeito para o amor. Amar a presença. O cheiro. A vontade imensa de não se separar de um olhar terno e bonito. Estava tudo pronto para a implantação do Segue-me na Paroquia do tio Wellyngton. Ele ansioso para trabalhar. Tia Rosy, ansiosa para fazer. Era apenas o primeiro dia do encontro e, sem nenhuma intenção, os olhos do tio fitaram uma jovem ruiva. . “Que menina bonita”!, pensou o tio.  Ele achou engraçado porque se encantou por ela já na sexta-feira . Era só uma paquera, flerte… No sábado, ele descobriu, por sorte, que estariam no mesmo grupo. Wellyngton , ainda sem se dar conta do que sentira, só suspirou um pouco e pensou “Puxa, que bacana!”

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” Amar os propósitos. Amar a amizade que se estende, se multiplica, solidifica. Amar o sorriso que já tem destino certo. Amar o que já não tem outra opção, senão amar, amar e amar. Amanda e Jeferson , enfim, estavam namorando.  Ao longo do caminho sempre buscaram pautar o namoro no respeito mútuo, no amor, na castidade e, principalmente, na fidelidade a Deus, o que para o casal foi fundamental para terem um relacionamento sólido e frutuoso. Em 2015, o casal, juntamente com outro casal amigo, teve a inspiração de criar o grupo “Eu, você e Deus”, com o objetivo de ser um espaço de troca de experiência e de ajuda entre casais que buscavam viver um relacionamento segundo o coração de Deus.

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?”. Amar o que não se preparou, o que não ensaiou, o que simplesmente aconteceu. Tio Wellyngton e tia Rosy, depois do encontro do Segue-me, ficaram ainda mais juntos. Frequentavam, inevitavelmente, o mesmo espaço. Já na terceira reunião do grupo, eles trocaram mensagens. Marcaram um sorvete. Porém, como ainda estavam inseguros, não em relação ao amor, mas tudo que se envolve num relacionamento sério. Ficaram um ano se conhecendo, conversando, se aproximando… O tio era avesso a namoros. Lembra? E eis que o jovem se rendeu aos encantos da menina ruiva. A tia Rosy, então, foi a primeira namorada oficial do tio. No dia 08 de agosto de 2004 eles iniciaram o namoro e o tio teve de aprender a namorar. Eles aprenderam juntos.

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” Amar o enlace. O fim de uma etapa que só está começando. Amar a esperança. O sorriso fácil. A vida que, agora, se conjuga a dois. No dia 01 de janeiro de 2019, na solenidade da Santa Mãe de Deus, Amanda e Jeferson noivaram e, 09 meses depois, selaram o amor no altar de Deus, sob o olhar da Virgem Mãe das Candeias, intercessora fiel do casal.

“Que pode uma criatura senão, Entre criaturas, amar?” Amar um pequeno instante de medo. Amar um breve silêncio. Amar a saudade. Amar a vontade de nunca mais se separar. Amar a volta. E amar o que o amor trouxe de volta. Tio Wellyngton e tia Rosy tiveram um rompimento em 2009. Ficaram seis meses separados. Mas voltaram e, depois, não se desgrudaram mais. Casaram em 2013. Estão felizes, para sempre, com o Pedro, até hoje.

Que essas histórias nos inspirem a não desistir desse sentimento tão bonito poetizado por Drummond, criado por Deus: O Amor! Ele é o nosso destino- sem contas!

 

Andra Martins Ribeiro

Paróquia Nossa Senhora da Conceição

Campos Belos- Goiás