No dia 11 de Dezembro a Arquidiocese de Natal realizou a IX Caravana do Segue-me, foram 85 carros, 340 caravaneiros visitando aproximadamente 450 famílias. Conversamos com a Thayza Menezes para saber mais desse evento especial, venham conferir.
O que é a caravana?
A Caravana funciona com um caráter de ação social, de integração eclesial e principalmente de evangelização. Nela os jovens participam de reuniões preparatórias, coletam alimentos e itens de higiene pessoal, e visitam famílias de comunidades carentes levando não apenas uma ajuda material, mas também, e principalmente, a Palavra de Deus.
Segundo Padre Valdir Cândido de Morais, atual Diretor Espiritual do Segue-Me Nacional e da Arquidiocese de Natal, a Caravana é uma:
“Atividade como uma terceira etapa para o seguidor, um convite para viver a missão que Jesus nos deixou. Depois da alegria do encontro com Cristo na Primeira Etapa, do aprofundamento e amadurecimento da Segunda, chega a hora de sair em missão.”
Como surgiu a Caravana do Segue-me?
Dentro das atividades do Conselho Arquidiocesano do Segue-me em Natal/RN no ano de 2013, foi proposta a primeira edição da Caravana Segue-Me para os seguidores das paróquias que compõem a Arquidiocese de Natal/RN.
O que a Caravana significa para os seguidores?
Sempre recebemos relatos positivos dos que participam da caravana, é uma atividade de cunho missionário para os jovens do Segue-me e que os seguidores tem a oportunidade de levar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo aos socialmente excluídos, em comunidades carentes não apenas de bens materiais, mas também de esperança e amor.
Toda a preparação também é importante, a união dos caravaneiros em promover ações para arrecadação de alimentos e itens de higiene, há encontros para montagem das cestas básicas, adesivar os carros, e todos esses momentos são muito proveitosos, pois promove uma integração eclesial através de momentos de partilha, louvor, acolhimento e outras atividades. Como também, no dia da caravana, esse envolvimento dos caravaneiros com a Paróquia que nos acolhe, além de apresentar aos seguidores a realidade de pessoas abandonadas pela sociedade e despertar um espírito de caridade mais aprofundado.
Qual foi a grande experiência vivida nessa última Caravana?
A experiência da união. Para esse ano de 2022, sentimos muita dificuldade na arrecadação dos itens, mas os caravaneiros estavam todos juntos e empenhados em alcançar as metas necessárias para que as 450 famílias das comunidades fossem atendidas. Em relação as experiências das visitas, alguns relatos foram bem marcantes. Um grupo chegou para visitar uma casa e ao chamar, ninguém foi até a porta, só escutaram alguém chamando de dentro da casa, quando eles entraram, era um senhor de 90 anos, que morava sozinho e estava caído. Colocaram ele na cama, e com o apoio que tivemos na cidade, conseguiram chamar uma equipe de saúde para atendê-lo. Outro relato foi de como algumas pessoas se emocionavam em receber a Bíblia, disseram que iriam pedir para o neto ler, já que elas não sabiam, mas fariam questão de ouvir a Palavra de Deus todos os dias. Os sorrisos das crianças ao receberem as “lancheirinhas”, todas essas experiências ficam gravadas na memória e no coração.
Qual recado você poderia deixar para os jovens?
Quem tiver a oportunidade de participar de momentos como esse que participem. Às vezes pensamos que estamos levando muita coisa, mas a realidade é que somos nós que recebemos. Deixamos a Palavra de Deus com eles, mas ao ir ao encontro desses irmãos, encontramos o próprio Cristo. Levamos alguns alimentos para as famílias, mas somos nós que saímos saciados! E lembrar que não precisamos esperar a época do Natal para fazer ações de caridade, devemos fazer a todo tempo.
Jéssica Delmoni
Paróquia de Santa Catarina Labouré
Arquidiocese de Maceió