Estamos no mês de setembro, mais conhecido como setembro amarelo, o mês de prevenção ao suicídio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. A cor amarela surgiu em homenagem a um jovem americano chamado Mike Emme, que cometeu suicídio aos 17 anos.
Em 2015, a campanha Setembro Amarelo foi criada no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), visando a conscientização, prevenção e redução dos números alarmantes de casos de suicídios registrados anualmente.
Assim, a campanha Setembro Amarelo surge como um alerta para cuidarmos da saúde mental. E como componente desse tema, sendo o trabalho um dos fatores que pode comprometer a saúde mental, é importante falar sobre os limites e hábitos para a sua preservação.
Quando falamos dos jovens e do trabalho, temos que a juventude atual, que vive imersa nas redes sociais, na era “TikTok”, em que as pessoas ganham dinheiro de maneira fácil, desejam resultados rápidos e fáceis, o que consequentemente, ao não ter o resultado pretendido, pode causar uma grande frustração e com isso, síndromes e crises podem surgir.
Já os jovens que trabalham em alguma empresa, podem sentir dificuldades em lidar com as pressões que as corporações os impõem. Na verdade, não somente os jovens, mas os adultos também. Lidar com metas, cobranças, pressões e desejos, se não bem administrado, pode comprometer a saúde mental.
Os especialistas na área da saúde indicam que, a promoção do autocuidado é uma das formas mais eficientes de preservar a saúde mental e a vida.
Ter um sono de qualidade, praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação saudável e nutritiva e ter uma rotina organizada, são exemplos de hábitos que devemos desenvolver.
Quanto ao trabalho, é importante que saibamos dos nossos limites físicos, intelectuais e emocionais, além de pontuar o que não vai bem e o que atrapalha a produtividade, para conversar com o líder a respeito da situação.
Ter apoio de um profissional (psicólogo e/ou psiquiatra) é importante no enfretamento das dificuldades que o mundo profissional pode criar.
Por fim, mas não menos importante, para nós, Cristãos e Católicos, as orações têm um poder forte no agir da nossa mente. Ao parar, respirar e orar, pedindo a Deus coragem, sabedoria e discernimento para lidar com as dificuldades que a vida nos impõe, nós reafirmamos o nosso compromisso de fé.
Sabemos que aqueles que possuem depressão, ansiedade, pânico ou outra síndrome não é porque falta Deus em sua vida, mas Ele e Sua Palavra podem nos dar forças nos momentos difíceis e nos ajudar a nos reerguer durante a fraqueza.
“Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar“. (Josué 1:9)
Jéssica Delmoni
Paróquia de Santa Catarina Labouré
Arquidiocese de Maceió