“A semente que caiu em solo fértil representa aqueles que escutam a palavra, a acolhem e guardam, e essa dá frutos. O modelo perfeito desta terra boa é a Virgem Maria”. (Papa Francisco)

Há quem diga que chegar aos quarenta anos é iniciar uma fase de caos, desconfianças e preocupações. É a temida crise da meia-idade dando os primeiros sinais de existência. Porém, para quem sempre cuidou da qualidade de vida e viveu embasado em bons valores, essa marca é motivo de comemoração. Assim é o Segue-me: Sem crise nos 40!

Talvez nem os mais otimistas imaginavam que aquela ideia de dois jovens, em 1979, se transformaria em um dos mais importantes movimentos juvenis católicos do Brasil. Inspirados em um encontro organizado pelo Padre Alfonso Pastore, em São Paulo, eles contaram com o apoio dos tios do ECC da paróquia Divino Espírito Santo (Guará II – Brasília), para começar um tal de Segue-me, na tentativa de levar a mensagem religiosa aos filhos dos casais encontreiros. As sementes estavam nas mãos.

31 de março e 1 de abril, os dias da primeira semeadura. As sementes foram jogadas na terra e regadas com Fé, alegria e força juvenil. Os frutos não poderiam ser diferentes. Só cresceram.

Dois anos depois, a Paróquia Dom Bosco, em Brasília, recebeu a primeira implantação do Segue-me. Daí em diante, como toda boa plantação, a colheita não parava de aumentar. Em 1985, brotou em Natal (RN), em 1987 foi a vez de Passos (MG), no ano seguinte chegou em Goiás. Produto bom é assim, toma o Brasil todinho. Hoje, o movimento se faz presente em quatro regiões do país.

Uma safra tão boa precisava de organização para continuar produtiva. Assim, também em 1988, Dom Geraldo Ávila estruturou o Conselho Provisório, para que um Documento Básico Normativo fosse seguido por todos os Segue-me’s distribuídos pelo Brasil. Festeiro desde o nascimento, o movimento viu nessa aproximação inicial das paróquias a oportunidade para realizar o primeiro Festival de Música do Segue-me. Com trilha sonora o trabalho fia mais prazeroso. Em 1991,  foi entregue a primeira versão do Normativo para ser testada pelas paróquias.

Posteriormente, foi se tomando a ideia de que todos devem plantar igualmente. A Boa Nova deveria ser levada de maneira uniforme por onde o Segue-me existisse. E, para garantir esse sistema, chegou de vez o Documento definitivo em 1993. Organizado, alegre e com força de vontade, o plantio chamou atenção de todos.

O Segue-me esteve no Hallel Som e Vida (1996), Festa da Padroeira Nossa Senhora Aparecida, a festa de Corpus Christi e a Adoração Perpétua (desde 2005). Nesse período, o próprio movimento evoluiu com a 2ª Etapa (2005), o Portal do Seguidor (2007), o primeiro Manual de Identidade Visual (MIV) da logo do Segue-me (2007), a Copa Segue-me de Futsal (2008), o Retiro Arquidiocesano (2010), o Encontro de Violeiros do Segue-me (2014) e a Caravana do Segue-me (2015). Além, é claro, da carreira internacional com a Delegação Oficial do Segue-me na Jornada Mundial da Juventude no Panamá (2019).

Em meio a tantas evoluções e participações nacionais, foi necessário um mapeamento da safra. O Brasil semeava a Boa Nova em pelo menos 11 estados e, para fortalecer ainda mais o movimento, em 2009, foi criado o Conselho Nacional Provisório do Segue-me (CNPUS), visando à constituição de um documento nacional. Foi mais um passo para que as Dioceses que caminhavam separadas de alguma forma passassem a seguir o mesmo rumo, trilhando o Documento Nacional do Segue-me (DNS). A união desses semeadores de todo o Brasil é revigorada a cada Assembleia Nacional e Congresso Nacional do Segue-Me.

Essa semeadura tem história para um livro. Cada Diocese e Paróquia com sua peculiaridade seguidora. No entanto, é importante que se tenha a noção da árvore da qual caímos. Somos frutos de sementes jogadas há 40 anos como uma aposta que, regada com Fé em Jesus, deu bons frutos. Plantação que é renovada a cada encontro. As sementes são jogadas nos solos férteis das paróquias e cabe a nós, os já “colhidos”, fazer de tudo para que os frutos sejam cada vez mais abundantes e melhores.

Nosso SIM tem uma dimensão esplêndida quando se conhece as memórias desse movimento. Somos parte de algo bem maior, em cada canto que estivermos teremos um irmão que também respondeu “Eis-me aqui, Senhor!” e estará sempre disposto a jogar mais sementes para Boa Nova levar.

Tenha orgulho de ser SEGUIDOR. Pois chegamos aqui assim: Sem crise nos 40!