Depois do Domingo da Ressurreição, começa os cinquenta dias do Tempo Pascal, terminando com a Solenidade de Pentecostes. Mas, afinal, o que é a Oitava de Páscoa?
A Oitava de Páscoa é a primeira semana destes cinquenta dias, tendo início no Domingo de Páscoa até o domingo seguinte (2º Domingo da Páscoa ou Domingo da Misericórdia). É considerado como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo Pascal é prolongado durante oito dias.
Neste dia é aceso o Círio Pascal, que representa a Luz de Cristo assim como Cristo Ressuscitado. Nele, há uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras alfa e ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a Páscoa do Senhor Jesus é o princípio e o fim do tempo e da eternidade, alcançando-nos sempre com força nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal foi abençoado e preparado na Vigília Pascal e permanece aceso até a celebração do Domingo de Pentecostes, nos guiando para libertação plena da vida.
A Festa da Páscoa é o coração da nossa fé – afinal, se Cristo não ressuscitasse, vã seria a nossa fé. É tempo de alegria! Deve-se viver com a intensidade a presença de Cristo vivo, beber das divinas fontes e vencer o pecado. É tempo de anunciar Deus ressuscitado e dizer ao mundo que somente nEle há salvação.
A Oitava Pascal traz para o centro da celebração litúrgica da Igreja o mistério da Ressurreição de Jesus. A Páscoa de Jesus deve acontecer todos os dias na nossa vida e na ação pastoral da Igreja, e nesses oito dias celebramos de forma mais veemente e evangelizada. Durante a Oitava da Páscoa se entoa o hino de louvor em todas as missas, pois é tempo de celebração.
Dessa forma, vivamos com intensidade o período da Oitava da Páscoa. Cultivemos esse tempo por meio da oração, meditação da Palavra e participação na vida sacramental. A Oitava Pascal convida-nos a fazer da nossa vida uma contínua Páscoa, um tempo de renovar a confiança no Senhor, colocando em suas mãos a nossa vida e o nosso destino. É um tempo para que, ressuscitados com Cristo, aprendamos a buscar as coisas que são do alto (cf. Col 3,1).
É tempo de vida!
Que Deus nos abençoe e nos guie nesse caminho de perseverança, buscando sempre o Cristo Ressuscitado. Aleluia, Aleluia!
Felipe Caribé de Andrade
Paróquia Santa Catarina de Labouré
Arquidiocese de Maceió – AL