A Igreja Católica Apostólica Romana conta com mais de 1 bilhão de fiéis espalhados por todo o planeta, e embora estejam todos em unidade, existem várias particularidades e especificidades do jeito de ser Igreja. Em cada local mudam-se os ritos litúrgicos, as festas e solenidades, mas tem uma coisa que universal, a Bíblia.
Existe um grande esforço por parte do Vaticano em assegurar que a Palavra de Deus seja transmitida de modo seguro e correto, pois um livro tão grande e repleto de alegorias e figuras de linguagem, é extremamente complexo traduzi-lo para mais de 700 idiomas [1] cada um com suas particularidades.
Por conta disso que por muito tempo a Igreja optou por ter apenas uma tradução oficial, até não muito tempo atrás as leituras da Bíblia e todo restante da Missa eram celebrados em Latim, independente de qual era a língua falado no local onde se fazia a celebração.
Originalmente a Bíblia foi escrita em 3 idiomas: Grego, Hebraico e Aramaico. É pouco provável que você conheça alguém que tenha domínio destas 3 línguas, por isso antes mesmo do Nascimento de Jesus já haviam traduções do velho testamento todo em Grego.
Foi durante o século IV que São Jerônimo a pedido do Papa Dámaso I estabeleceu a primeira Bíblia “oficial” da Igreja que ficou conhecida como Vulgata. São Jerônimo era na época o maior Biblista que havia e conseguiu sozinho traduzir os textos bíblicos para o Latim.
Levou um certo tempo e somente no século XIII que as versões “originais” cairam em desuso e a Vulgata começou a ser usada com universalidade dentro da Igreja. Isso foi uma importante etapa, para que alguns séculos depois a Bíblia fosse traduzida para tantos idiomas como é hoje.
Wallyson F. Lira
Paróquia Nossa Senhora das Dores
Diocese de Crato – CE
Notas:
[1] A Bíblia já foi inteiramente traduzida para 733 idiomas – e, parcialmente, para outros 2.877, Disponível em: https://pt.aleteia.org/2023/04/12/a-biblia-ja-foi-inteiramente-traduzida-para-733-idiomas-e-parcialmente-para-outros-2-877/