O antigo testamento, também chamado de escrituras hebraicas, é a primeira parte da bíblia, da qual é constituída por 39 (trinta e nove) livros. Assim, neste grande livro você vai encontrar informações importantes para a explicação da vida terrena e o berço da nossa fé.
Para agora, os textos proféticos serão minudenciados, para que se entenda – desde a origem – o seu significado na Escritura Sagrada.
Primeiramente, “profeta” (nabî) vem do hebraico, que significa “chamar, anunciar”, portanto seria aquele que é chamado ou anuncia, um mensageiro e um intérprete da palavra divina.
Na Bíblia, detidamente no antigo testamento, existem 18 (dezoito) livros proféticos, sendo ele: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias , Malaquias. As atividades dos profetas variam de acordo com seus ouvintes e com o momento histórico em que eles vivem. Cada profeta tem o seu estilo próprio, e pronuncia anúncios e denúncias diante de situações bem determinadas.
E, no meio de tantos escolhidos por Deus para anunciarem a palavra, 02 (dois) saltam para uma breve explicação de suas histórias, sendo eles Isaias e Malaquias.
Isaias, também chamado de “o quinto evangelista” – tamanha sua importância até nos escritos do Novo Testamento, filho de Amoz, viveu no reino de Judá. Seu livro possui forte caráter messiânico e narrou toda tensão política e militar que o território de Israel experimentava. Preocupou-se em trazer em seus escritos a centralidade da santidade de Deus, sendo Ele absoluto. Assim, uma espiritualidade baseada em Deus conduz o profeta a uma fé política, que combate os ídolos presentes na sociedade. Agiu contra a falsa religião, criticou a injustiça social e tratou a esperança como o destino dos povos.
Malaquias, mesmo possuindo o menor livro, mostrou a necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Trouxe uma visão crítica e combativa, enaltecendo o amor de Deus, mas tratando dos pecados dos sacerdotes e o pecado do povo. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento, vê-se uma exortação de Deus às famílias: “converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais”. No término do livro de Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade. Outra passagem marcante que se encontra é sobre as ofertas e os dízimos, que comumente não era repassado para os levitas, havendo desvios por parte dos sacerdotes: “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.” (Malaquias 3,9).
Uma peculiaridade sobre os livros dos profetas é sua divisão em “profetas maiores” e “profetas menores”, segundo a extensão e a importância que foi atribuída a cada um deles.
Os profetas maiores são Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Considera-se o Livro das Lamentações como um prolongamento do livro de Jeremias, assim como o livro profético de Baruc.
Os profetas menores são Oseias, Amós, Miqueias, Ageu, Zacarias, Joel, Abdias, Naum, Habacuc, Sofonias e Malaquias.
Ao fim, os livros proféticos registram as mensagens de Deus ao povo de Israel e Judá na forma de discursos e sermões, visões e experiências da vida dos profetas. Algumas das mensagens são de julgamento e advertência, enquanto outros anunciam o perdão e a renovação.
Felipe Caribé de Andrade
Paróquia Santa Catarina de Labouré
Arquidiocese de Maceió – AL